domingo, 19 de setembro de 2010

No amor não tem cesárea


Esse texto é uma pequena homenagem à uma série de casais amigos meus que terminaram seus namoros recentemente.

Uma vez alguém me disse que os homens nunca sentiriam dor pior que o parto, pois eu lhes digo, eu senti. A dor de amar, que pode ser sentida tanto por homens, quanto por mulheres, deve ser a pior que existe. No parto você pelo menos sabe que quando o bebê nascer a dor vai passar, mas no amor essa dor vai e volta, sem hora pra acabar. Pior ainda é que muitas vezes você nem quer esquecer a dor. Coloca logo um CD dos anos 80 e num ritual masoquista fica lembrando dos bons momentos com a(o) amada(o). É uma dor que te faz mal, mas que você não quer largar.

É horrível saber que a outra pessoa não te ama da mesma forma. Você sabe que ela não tem intenção de magoar, e que é apenas o seu jeito. O que é pior, pois sabe que ela nunca irá mudar. Você acaba querendo terminar tudo, mas ama tanto aquela pessoa, que acaba sem coragem! É triste constatar que você “não era tudo aquilo que ela tinha sonhado”.

Mas, a fila sempre anda! E tem tanta mulher aí, que eu garanto a qualquer um dos meus amigos: esse tipo de “coisa” nunca irá nos faltar!Hehe! A dor realmente vem, mas depois que passa não existe sensação mais pura de liberdade! Não existe mais aquela pressão, você não deve mais satisfação a ninguém. Então aproveitem porque esse período de liberdade não dura para sempre, como eu já disse uma vez: nós, homens, temos o terrível hábito de estarmos sempre nos engaiolando!

Israel Alves

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Foi sem querer, querendo...


De acordo com Sartre e a corrente do Existencialismo, “somos condenados à liberdade”. Se você escolher não escolher, já terá escolhido. Somos responsáveis por nossas escolhas, nossas atitudes; e essas têm conseqüências para a sociedade. Então somos livres. Mas acredito também que somos condicionados pela sociedade. Fazemos coisas sem querer, mas por vontade própria. Acha que não? Preste atenção: pagamos impostos, pegamos trânsito, somos fiéis nos relacionamentos (alguns né?), respeitamos leis, trabalhamos e tomamos banho kkkk! Você poderia então me dizer que, se estamos presos a um condicionamento, não existe liberdade. Talvez, mas pense numa sociedade: Eu sou livre, mas a partir do momento em que vivo em sociedade, preciso respeitar suas regras, abrindo mão de certas liberdades, para que exista harmonia. Sou livre para transgredir, mas existirão conseqüências: prisão, desemprego, multa, exclusão social e a temida vingança da namorada.
Voltamos ao ponto inicial, em que somos livres e por isso, responsáveis por nossas atitudes. Sou livre para matar, mas meu condicionamento cultural diz que isso é errado. Sou livre para não tomar banho, mas sei que serei excluído socialmente pelas mulheres! Tenho a liberdade de transgredir, mas sou responsável por meus atos. Existirão conseqüências.
O filósofo Fernando Savater afirmou que “A noção de ‘voluntário’ não é tão clara como parece. Em sua Ética a Nicômano, Aristóteles imagina o caso de um capitão de navio que deve levar certa carga de um porto para outro. No meio da travessia despenca uma enorme tempestade. O capitão chega à conclusão de que só pode salvar o barco e a vida de seus tripulantes, se jogar a carga pela borda para equilibrar a embarcação. De modo que ele a joga na água. Pois bem, ele a jogou porque quis? É evidente que sim, pois poderia não ter se livrado dela e arriscar-se a morrer. Mas é evidente que não, pois o que ele queria era levá-la até seu destino final, caso contrário teria ficado sossegado em casa, sem zarpar! De modo que jogou querendo...mas sem querer”. Vamos pegar o exemplo da faculdade: é final de semestre e está todo mundo cansado. Vou pra faculdade sem querer, mas querendo (por vontade própria)! Sou livre para simplesmente não ir, mas sei que é preciso terminar o semestre. E por fim só mais um exemplo, o de uma guerra: imagine que você está no campo de batalha e aparece um inimigo correndo em sua direção, armado. Você obviamente não quer tirar uma vida, mas ao mesmo tempo quer e precisa, para preservar a sua. Como dizia o grande filósofo Chaves: “foi sem querer, querendo!”
Finalizo com um trecho da Bíblia que me inspirou a escrever tal texto: “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Em outras palavras: haverá conseqüências!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Se ama, demonstra!


Não importa o quanto você diga que ama alguém, ela só irá acreditar quando você demonstrar. Não adianta contestar, já foi comprovado pelo ICAIA (Instituto de Ciências Amorosas Israel Alves). Já estive nas duas situações: na do que diz que ama e não demonstra e na do que é dito amado, mas não é demonstrado.
É muito cômodo dizer “eu te amo” e ficar sentado sem fazer nada. Pior ainda é quando o “eu te amo” é dito de forma fria: eu te amo. “Te amo” deve pelo menos ser dito com três exclamações e seguido de pronome possessivo com adjetivo ou substantivo carinhoso: te amo, minha linda!!! Pra falar a verdade “te amo” deve vir mesmo é acompanhado de um beijo na boca e um carinho no cabelo ou no rosto.
Mas o foco aqui não é falar de palavras, mas de atitudes. Quem é que gosta de alguém que não liga, não elogia, não faz uma surpresa sequer, não abraça (aquele abraço de verdade), não faz carinho e não mostra orgulho pelo parceiro(a), enfim: uma pedra de gelo? Acho que ninguém, porque amor não é frio, é quente (interpretem como quiser)!
O que um homem quer é uma mulher que sorri sempre que o vê, não para se mostrar simpática, mas porque não consegue esconder sua felicidade ao vê-lo. Um homem quer uma mulher que o apóie, lhe faça carinhos (muitos, no meu caso), o elogie, o beije muitooo, que só tenha olhos pra ele e que quando disser que o ama, tenha um brilho em seus olhos.
A mulher quer um cara que ligue todos os dias só pra escutar sua voz e saber como foi seu dia, que lhe mande flores ou qualquer lembrança que mostre que ele está sempre pensando nela. O que uma mulher quer é um cara que a faça rir, que a trate com carinho e que diga, na frente de suas amigas, que ela é a mulher mais linda que conhece.
De acordo com tais análises, pode-se constatar que o que ambos querem é algo comum: ATITUDES. Palavras não são suficientes.
Aí sim, depois de tornar essas atitudes e muitas outras, em hábitos, dizer “eu te amo” passa a ter um significado real. Vira uma frase quente e às vezes até “caliente”! Frio mesmo só o sorvete, porque em relacionamento nós queremos é fogo! E nada melhor que uma atitude pra esquentar as coisas né?

Israel Alves

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O viciado e a "Heroína"


Esses dias eu estava lendo uma matéria da Super interessante que falava da ciência por trás do amor, e tinha um trecho que dizia assim: “Como saber se está apaixonado? Você vai ficar meio aéreo, passar a comer e dormir menos e ficar horas e horas pensando na pessoa amada – um comportamento compulsivo, similar ao dos viciados em drogas. É isso mesmo: o neurotransmissor da paixão, a dopamina, é o mesmo envolvido nos casos de dependência química”. Depois de ler esse texto fiquei aliviado. Pensei que estava doente, mas a verdade é que estou apaixonado!
É engraçado como tudo muda. Você age de formas estranhas, pensa de formas estranhas e sente de formas estranhas. Não se consegue ser racional, apenas emocional. Isso me deixa doido; às vezes me arrependo do que disse ou não disse, fiz ou não fiz. É complicado, mas é muito bom!
Tudo te lembra a pessoa. Um cheiro, uma música, uma palavra, um restaurante, uma parede, celular, tijolo, bola, TV, caneta, papel, o Cruzeiro do Sul ou a Constelação de Escorpião... enfim: tudo! É indescritível! Você fica rindo sozinho aonde quer que vá, como um drogado em momento de êxtase. Muitas vezes tenho que me controlar para não agir como idiota, mas é difícil. Agora mesmo estou agindo como um, escrevendo na madrugada sem saber ser correspondido da mesma forma.
Nunca havia me sentido assim antes. Você pode passar o dia inteiro com a pessoa, mas quando chega em casa já tem vontade de ligar. Meu racional fala: “não liga, desgruda. Se faz de difícil". Mas numa luta de idéias, acabo ligando. Não sei explicar e nem quero. A ciência sempre tenta estragar a beleza da vida! E como já dizia Drummond: “se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge a todas as explicações possíveis".
Quando se ama não importa o quão triste ou em perigo você esteja, só é preciso uma dose (um sorriso, uma palavra, um olhar ou um beijo) da “heroína” e tudo parece ficar a salvo.

Israel Alves

terça-feira, 13 de abril de 2010

Conjugando o sofrer



OBS: Antes de começar esse texto mais uma vez vou explicar aqui, que nem tudo que eu escrevo realmente aconteceu comigo e que muita coisa é fantasia.


Não existe nada pior do que terminar um namoro. Falo isso porque passei por tal situação esses dias e como sempre, não foi uma boa experiência.
A tortura já começa nos dias anteriores ao término. Você fica imaginando o que vai falar, o que ela vai falar e começa a inventar as maiores desculpas para não ter que dizer: “eu não gosto mais de você”. É duro! É constrangedor, mas necessário. A tortura continua nas horas que antecedem ao rompimento. Você não fala com ninguém, sua o corpo e tenta decorar as falas como um ator amador na cena de estréia. Dá um branco e você esquece tudo. Fala qualquer coisa. O clima fica pesado. VOCÊ sofre. ELA sofre. NÓS sofremos. ELAS sofrem???! Não, elas não! Elas comemoram a minha volta!
É triste, mas não existe nada melhor do que terminar um namoro. O alívio, a liberdade e o principal: “a volta à ação”. Não tem como explicar, mas quem é homem sabe! Logo depois, a gente fala que não vai prender-se nunca mais. Porém dura pouco, depois de um mês já estamos nos engaiolando novamente.
É, o homem nasce com o espírito do pássaro livre, mas parece que o destino é a gaiola! A gente nunca aprende né?

Israel Alves

sábado, 27 de março de 2010

O conteúdo é o que importa

Esses dias comprovei que pra mim, o maior afrodisíaco é a inteligência. Não há nada melhor que um bom papo. Aqueles que te acrescentam algo, sabe?
Cansei de ficar com mulheres que não tem nada na cabeça (Deixo Claro aqui que não me refiro às minhas ex-namoradas. Sempre escolhi muito bem, e elas eram extremamente inteligentes. Aqui me refiro as outras mulheres). Você sente que o dia foi inútil e que você só falou, ou ouviu besteiras. Não estou dizendo que não gosto de falar besteiras, nem jogar conversa fora. Eu mesmo sou o maior Adepto do besteirol, adoro falar besteira e acho que isso faz muito bem, relaxa. Mas tudo demais é chato. Tem horas que você quer um papo mais cabeça, Sabe?
Esses dias eu conheci uma mulher que me deixou doido. Apesar de ela Ser linda, o que me prendeu atenção não foi sua beleza (e eu me espantei com Isso, o que me levou A escrever esse texto!), mas foi a forma que falava, como se expressava e o principal: o conteúdo. Eu poderia ter conversado por horas e horas, e não me cansaria. Acabei de conhecê-la, nem sei se ela gostou da conversa, e nem direito eu a conheço, mas que ela mudou meus conceitos e teorias sobre conquista, ela mudou.
Não estou dizendo que estou apaixonado por ela. Pode ser que sim, pode ser que não! Não é tão simples assim! Mas quero dizer que foi umas das melhores conversas que já tive.
Se essa história é real ou não, vocês nunca vão saber, mas uma coisa é certa: pra mim, o conteúdo é o que importa.

PS: Voltando a falar besteira: deixo claro aqui que o conteúdo é com toda certeza o mais importante, mas ele tem que andar junto com a estética. Beleza e conteúdo devem andar juntos, e nem pense em separá-las.
Estraguei o texto né? Kkkkkkkkkkkk

Israel Alves

segunda-feira, 22 de março de 2010

Olhos


Eu resolvi postar esse texto logo, porque eu percebi que a postagem passada talvez me trouxesse problemas e confusões hahahaha!Esse novo post é um trecho de uma música minha. Ela fala daqueles olhares (tão bons, e que muitas vezes falam bem mais do que palavras) que rolam durante a paquera, e do ideal, muitas vezes platônico, de estar com a amada.

"Olhos que se cruzam, olhos que se falam
Olhos que encaram, olhos que disparam
E no silêncio do olhar, eu te amo
Eu quero ser a razão do teu riso
Quero ser a rota do teu olhar
A segurança que te protege
O calor que de noite te aquece"

Israel Alves

domingo, 21 de março de 2010

Celular

A razão dos meus problemas em relacionamentos. Não uso, ou melhor, quase não uso celular. Pra mim ele foi feito para ligações rápidas, para combinar algo.
Não teve uma só namorada minha que já não tenha reclamado desse meu “péssimo hábito”. Será que eu não ligava porque não pensava nelas, ou não gostava delas? De jeito nenhum. Quando gosto de alguém, penso o tempo inteiro na pessoa, mas nem por isso preciso fazer uma ligação, ou preciso? Como será que viviam os casais antes da invenção do telefone? A meu ver, viviam melhores do que os de hoje. Por quê? Simplesmente pelo fato de que viviam ansiosos para ver e falar com seus amores. Não podiam falar-se durante a semana, e por isso ansiavam pelo encontro. Havia mais paixão, havia ansiedade. Hoje se alguém precisa falar, liga-se na mesma hora e a ansiedade passa, ou pelo menos diminui.
Acho que homens e mulheres pensam diferente nesse sentido. Só porque não telefono, não significa que eu não ame, ou ame menos. Claro que tem dias que a ansiedade é tão grande que é preciso ligar só pra dizer um “eu te amo” ou um “to com saudade”. Então vamos combinar o seguinte: telefono duas, três ou quatro vezes na semana e não se fala mais nisso, ok?

quinta-feira, 18 de março de 2010

The little things

Convivência fatal
Se tem um texto que se encaixou perfeitamente no que eu penso, é este que eu vou postar da Martha Medeiros. Eu tava tentando escrever um texto com esse tema, aí quando eu li o dela, desisti. Não conseguiria colocar meus pensamentos no papel de outra forma. Tentei e tentei de novo, mas sempre saía meio que sem originalidade, parecia uma cópia do texto dela, mas não era, juro! Era apenas meu pensamento.
Muito bom! Leiam!

As razões pelas quais um relacionamento começa costumam ser as mesmas pelas quais ele termina. Não estou sendo original, muitos intelectuais já escreveram sobre isso, mas a gente continua achando que duas pessoas se unem e se separam por motivos grandiosos. Unem-se por causa de um amor avassalador e afastam-se por causa de um briga avassaladora. Não é bem assim.
A atração se dá pelos pequenos detalhes. O jeito dela sorrir que cria uma covinha do lado esquerdo do rosto. O jeito dele usar o boné virado pra trás. A maneira como ele toca no cabelo dela. O fato de eles gostarem dos mesmos filmes e odiarem as mesmas músicas. A penugem loira do braço dela. A tatuagem no ombro dele. O jeito carinhoso dela com as amigas. Pequenos retalhos de uma colcha que vai sendo costurada durante todo o relacionamento. Até que um dia a colcha fica pronta, aquece por um tempo e aí começa a desfiar.
Infidelidades, brigas e espancamentos costumam acelerar o fim, mas não são os verdadeiros culpados pela derrocada da relação. São apenas conseqüências radicais daqueles pequenos desgastes que vão minando, em silêncio, a rotina doméstica. Ele não suporta a mania que ela tem de debulhar o milho no prato. Ela não suporta a mania dele ficar zapeando com o controle remoto sem parar em canal algum. Ele acha ridícula a maneira como ela amarra o cadarço do tênis. Ela detesta quando ele conjuga um verbo errado. Ele acha o perfume dela enjoativo. Ela acha que ele escova os dentes com displicência. Ele não agüenta o bom humor matinal dela. Ela não agüenta o ronco de urso dele. Ele queria que ela parasse de fumar. Ela queria que ele parasse de chegar atrasado. Eles queriam mágica: que seus parceiros virassem outra pessoa, mantendo-se eles mesmos.
Solução? Se eu tivesse uma, não estaria aqui. Estaria rica.

Martha Medeiros

Eu me identifiquei muito com esse texto. Sério, é um grande defeito meu, que cada vez mais eu to tentando corrigir, e até to conseguindo, mas aos poucos. Costumo guardar as pequenas coisas que me irritam. Um ciúme não “admitido” que eu tive, uma roupa que eu não achava bonita, a falta de cuidados dela com a saúde, a falta ou excesso de vaidade. São coisas pequenas, vocês podem até me chamar de fresco, ou exigente, mas eu costumo pensar que vou passar a vida inteira convivendo com essas coisas. O problema na verdade, não é nem achar ruim algumas coisas. Sempre haverão divergências, isso é normal, e é até construtivo. O problema que tenho, é guardar pra mim! É incrível, eu consigo maquiar meu sentimento de forma que ninguém sabe como me sinto. Vou guardando pra mim, até que tem uma hora que eu não agüento e termino tudo. Fica parecendo que eu terminei por um motivo besta, mas não, foi todo um processo que me levou a isso.
Enfim, estou melhorando em relação a isso, mas queria meio que desabafar aqui, foi muito bom encontrar uma autora que pense como eu! Pronto ta aí um texto para os que pensam, ou querem que o que eu coloque no blog seja pessoal!
Israel Alves

domingo, 14 de março de 2010

Mera Ficção 2

Ao reler alguns de meus textos e analisar os comentários feitos a eles, senti a necessidade de deixar bem claro que em sua grande maioria não passam de fantasia.
Baseio-me nos sentimentos dos outros, suas experiências, ou até mesmo nas minhas, mas de forma distorcida.
Ora se eles fossem um espelho da minha realidade, seria eu um corno, ou um safado! Deixo claro que poesia é fantasia, influenciada pelo sentimento, mas ainda assim fantasia. Beirando o surreal. Talvez até um exagero da realidade. Uma hipérbole poética (Deu pra perceber a ênfase que dei agora pra deixar claro que não passam de fantasias né?! hehehe!). (In)felizmente essa é a realidade de muitos escritores. Então por favor, não venham me julgar pelo que escrevo. Meu blog não é meu diário, apesar de conter partes de mim. Este é o mal das pessoas que escrevem em blogs. Estava conversando esses dias com uma amiga e compartilhamos do mesmo problema: somos julgados pelo que escrevemos. Se eu escrevo sobre uma mulher, não necessariamente eu tenha ficado com ela, e talvez ela nem exista. Da mesma forma que Bernini esculpia maravilhosamente situações que ele nunca havia presenciado, ele apenas imaginava, colocava-se no lugar, nós também escrevemos fantasiando.
Talvez eu tenha até decepcionado muita gente com esta afirmação, mas é assim que defino a grande maioria de minhas poesias e Crônicas: Mera ficção.

PS: A imagem acima é uma escultura de Bernini: O rapto de Proserpina

Israel Alves

sábado, 13 de março de 2010

ILUSÕES

Sabe quando você gosta muito de uma pessoa, mas só quer amizade? Você é tão legal com essa pessoa, que ela acaba se apaixonando e você acabada perdendo aquela amiga que você gostava tanto.
Por pensarem que nós, homens, temos sempre uma segunda intenção, as mulheres pensam que qualquer ato gentil que fazemos é por amor. Acabam iludindo-se. Evito carregar livros, puxar cadeiras e abrir portas para amigas, não por ser grosseiro e mal-educado, mas para evitar perder amizades. Nem sempre fui assim, acho que foi algum trauma. Perdi a conta as amigas que perdi por ilusão da parte delas, e não sendo o bastante, ainda virava alvo de fofocas.
Mas como elas poderão saber se o cara gosta mesmo ou quer só amizade? Essa é difícil. Eu particularmente, quando penso ser correspondido, costumo falar pra pessoa. Mas e se for ela quem quer só amizade e eu que estiver iludido? Ô coisa complicada é relacionamento, mas em compensação é também muito bom. Vale apena arriscar. É como dizem “quem não arrisca, não petisca”. É melhor levar um fora, do que viver na dúvida, mas o mais importante é: superar o fora, ser maduro e CONTINUAR A AMIZADE.

Israel Alves

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A ignorância norte-americana


Recentemente, assistindo a um documentário de Michael Moore, me dei conta da ignorância norte-america, falando de forma generalizada.
A realidade é que os Estados Unidos da América é um país individualista e, como muitos governantes do próprio país dizem, age de acordo com seus próprios interesses.
Uma cena que me chocou no filme, foi quando apareceram militares americanos falando de forma excitada o quanto gostam de matar iraquianos. Compararam a guerra a videogames. Não suportei a cena e me pus a escrever como forma de desabafo.
Entendo completamente a razão de um jovem do Oriente Médio aderir à alguma facção terrorista. Às vezes, colocando-me em seu lugar, penso que faria o mesmo. Acho que a maioria de nós faria o mesmo se tivesse a família e amigos inocentes assassinados e violentados por um governo estrangeiro que tem como real interesse na guerra, o petróleo e posição política.
Se você pensar bem, poderá ver que o uso da força militar contra o terrorismo é inapropriado e ineficiente. “Atos terroristas são levados a cabo por pequenos grupos de indivíduos que frequentemente são transformados, pela imaginação popular, em heróis fora-da-lei”. O uso da força militar apenas contribui para recrutar mais pessoas para a causa. “O terrorismo só pode ser combatido pela polícia e pelas agências do serviço secreto. A Europa prende suspeitos terroristas; os Estados Unidos explodem qualquer lugar onde os terroristas possam estar escondidos”. Pensando melhor ainda, a decisão de George W. Bush em invadir o Iraque e derrubar Saddam, era exatamente o que Osama Bin Laden queria. A Al-Qaeda era totalmente contra o governo secular de Saddam Hussein. Dá para perceber que Bush daria para ser um excelente recrutador para facções terroristas não é?
Voltando a falar da ignorância dos norte-americanos. Em pesquisa para seu livro, Eliot Weinberger descobriu que “20% dos alunos norte-americanos no ensino médio não conseguem localizar os EUA em um mapa-múndi. Trinta por cento não conseguem encontrar o oceano Pacífico”. Um absurdo não? Então eu me pergunto: Qual a razão para nós brasileiros idolatrarmos tantos os Estados Unidos? Não venho aqui fazer um discurso anti-americanista, acho os EUA um grande país e reconheço todo seu desenvolvimento, mas acho que nós brasileiros levantamos demais a bola deles por aqui. Um povo que não sabe o que se passa ao redor do mundo, não merece tamanho respeito.
Fica aqui minha indignação, meu desabafo! Espero que mude a forma de pensar de alguém! Hehe
Israel Alves

Fonte:
“Era Bush”, Eliot Weinberger
“Fahrenheit” (doc), Michael Moore

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Jornalismo, profissão?Acho que não!

Esses dias estava eu conversando com um amigo meu quando ele soltou a seguinte frase: “jornalismo não é mais profissão”. Ao escutar isso logo me veio uma indignação, quem é ele pra falar isso?
No dia em que não existir mais jornalismo, o mundo para! Isso mesmo que você leu, o mundo para! Para, porque, como eu já escrevi nesse blog, vivemos num mundo que gira em torno da informação. Sem informação a terra para, ou pelo menos nossa sociedade. Poucos se dão conta da importância do jornalismo hoje. Apenas os mais cultos se dão o luxo de ler um bom jornal, o resto obtêm algumas informações através de outras pessoas, informações distorcidas, quase como que fofoca! Os desatualizados não têm nem assunto interessante pra falar. Até mesmo pra paquerar, o jornalismo ajuda! E olha que disso eu entendo bastante! Hehe! O que escrevemos ou falamos, vão ser os assuntos das rodinhas de conversa no outro dia!
E o que aconteceu então?Por que esse amigo falou tal afirmação?
Acontece que com os políticos cada vez mais querendo manipular a informação e alienar o povo, decidiram retirar a obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Agora todo mundo pode ser jornalista! Uhuuuuul!!! E o que eles ganharam com isso? Bom, agora com pessoas sem formação e sem experiência, fica mais fácil usá-las pra alienar o povo! Pra os que não entendem: agora fica mais fácil roubar, sem ninguém perceber. Fica mais fácil prometer e não cumprir e o povo ainda continuar pensando que está em boas mãos.
Acontece que pra quem é bom jornalista, não mudou nada! Isso mesmo, imaginem se uma emissora como a globo, ou um jornal como a Folha de São Paulo, preferiria um jornalista sem formação, podendo ter um formado?
Mas pra falar a verdade, acho que jornalismo não é profissão mesmo não! Se você pensar bem, nós viajamos o mundo inteiro, falamos várias línguas, conhecemos várias culturas, conhecemos gente famosa e importante (e às vezes até ficamos famosos), entramos em vários eventos de graça, temos um nível intelectual e cultural elevado, várias histórias pra contar e ainda somo pagos pra isso! Eu pagaria pra ter tudo isso, mas se querem pagar-me pra isso, recusar é que eu não vou!

Israel Alves