sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Totó, a inspiração desobediente

“A inspiração, como conseguir?”. Li esta frase esses dias em algum lugar e comecei a refletir em como realmente consegui-la. É muito fácil escrever sobre algo que já aconteceu com você, mas e quando nunca aconteceu?
Sempre que sento e digo “vou escrever algo”, não sai nada, ou só sai merda. Antes de escrever esse texto, tentei escrever uns outros dois, mas sem sucesso.
A inspiração parece aquele cachorro que quando você quer mostrar pra alguém como ele te obedece, ele te envergonha fazendo tudo ao contrário.
Ela vem quando você menos espera, e é sobre coisas que você nem imagina. Vivo com um caderno e uma caneta, tentando anotar frases que me vem à cabeça. Quem pega meu caderno não entende nada, pensa que falo em códigos. São frases aleatórias em todo canto, que junto depois pra produzir um texto.
Tudo pode servir de inspiração quando se está “naqueles” dias. De um objeto a uma situação inusitada acontecida no dia.
O pior é quando você começa um texto inspirado, e no meio dele, a inspiração desaparece. Tenho vários textos parados, esperando a boa vontade da Sra.Inspiração.
Mas não existe nada melhor que escrever “aquele” texto inspirado. Aquele que desperta o interesse de todos e gera inúmeros comentários. Aquele que faz rir, pensar ou chorar a quem lê.
A inspiração, mesmo que safada, desobediente e mimada, é a maior paixão de quem escreve e, apesar de toda traição, não conseguimos viver sem ela.

Israel Alves

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Nada vai mudar

Essa música eu compus algumas horas atras, vou colocar a primeira versão (porque pode ser que eu mude alguma coisa) dela aqui:

Eu já tentei de tudo, mas ela não quer escutar
Ela não quer se entregar

Não acredita nas coisas que eu falo pra ela, simplesmente me nega

Mas nada vai mudar
O que eu sinto por você
O quanto eu penso em você

Mas nada vai mudar
O que eu sinto por você
O quanto eu penso em você

Estou desistindo dela
Eu já cansei de esperar
Não quero mais me humilhar

Eu já parti pra outra
mas ainda penso nela
essa saudade é eterna

Eu fico aqui pensando
Se eu vou conseguir
Fazer feliz outra mulher
Pensando em você
Pensando em você

Israel Alves

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sentimento Estranho

Eu não sei o que ela pensa
Nem o que se passa em sua cabeça
Isso me enlouquece
Todo esse mistério, só aumenta a minha paixão
Se isso é bom ou ruim, eu não sei te responder
Você me amedronta, você me encoraja
Meu amuleto, meu azar...
Sentimento estranho, e no meu caso é solitário
Finalmente volto a me inspirar.


Essa é a letra de uma das músicas da nossa banda! Ela foi feita no começo desse ano pra uma pessoa especial kkkkk (ela sabe quem é!kkkkk)

em homenagem a Juliana Scirea!kkkkk
;*

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As mulheres são iguais as ondas

As mulheres são iguais as ondas.Existem aquelas em que é preciso esforçar-se, remar bastante para pegá-las, mas existem aquelas mais fáceis, em que não é preciso nem remar.Existem as traiçoeiras, que são perigosas. Essas não se deve pegar. Mas existem aquelas bem lisinhas, perfeitas, que são o sonho de qualquer surfista.Tem “aquela” que fica na cabeça e você sonha com ela todos os dias, mas existem aquelas que você nem mesmo lembra o nome.Algumas já vêm com muita gente em cima. Mas existem aquelas que são secretas, nunca antes surfadas...

Apesar do que alguns dizem, nenhuma mulher é igual. Elas são únicas. Ok, elas tem muitas características parecidas (são sensíveis, indecisas, choronas, Românticas...), mas são únicas. Assim como as ondas, você nunca sabe o que acontecerá na próxima. É isso que torna as coisas mais excitantes. Cada dia é uma nova aventura.
A forma de carinho com que você trata uma, pode não ser a mais adequada para outra. Assim como algumas ondas que só funcionam se você bater bastante, e outras que você precisa suavizar. Cada uma tem uma forma de pensar e de sentir.
A maioria se diz romântica, mas nem elas mesmas sabem exatamente o que é ser romântica, e o “romântico” de uma, é diferente do da outra. Já perdi a conta das vezes que escutei uma mulher falar: “isso é tão romântico”, enquanto a outra fala: “não, isso é brega”.
As mulheres não vêm com manual, e não existe livro que realmente funcione para conquista feminina. O segredo é que não há segredo. Apenas trate-as de forma única.
Israel Alves

domingo, 15 de novembro de 2009

O ponto da esquina

Foi numa sexta-feira que a vi pela primeira vez. Estávamos em um bar de esquina, há duas mesas de distância. Ela com as amigas dela, eu com os meus. Em meio a muitos rostos, o dela me roubara a atenção e não mais me devolvera. Ela era linda: alta, magra, loira e sorridente.
O meu azar é que eu não era o único de quem ela havia roubado a atenção. Ao fazer uma análise das pessoas ao redor, logo percebi que todos os olhares apontavam para mesma direção: ela! Acompanhavam hipnotizados os movimentos que ela fazia. Eu ria da expressão nos rostos dos pobres coitados, olhando-a sem esperança alguma, apenas admirando. O riso não demorou muito, pois logo lembrei que eu era apenas mais um dos que “babavam” por ela sem esperança. Ela, porém, parecia não ligar para os olhares. Já era acostumada, suponho.
Comecei a fazer apostas comigo mesmo: se ela olhar pra mim agora, falo com ela. Não olhou. Mas se ela olhar agora... Não olhou novamente. Fui assim mesmo. Quando levantei e me dirigi à mesa em que ela estava, um cara chegou primeiro e sentou-se ao lado dela. Dei meia volta e sentei na minha mesa. Eles conversaram um pouco e saíram juntos. Mas, para minha esperança, ao sair, ela deu um rápido olhar para mim, sorriu e entrou no carro. Eu enlouqueci! Eu sei que foi apenas um olhar, mas eu já tinha começado a imaginar milhões de coisas. Talvez aquele cara fosse o irmão dela, ou gay, ou talvez fosse o namorado, e ela fosse safada mesmo! Não importava, talvez eu tivesse uma chance.
Voltei todos os dias da semana ao mesmo ponto na esquina, no mesmo horário, à procura da “loira safada”. Não encontrei. Em todo lugar que eu fosse, a procurava. Dizem que Fortaleza é um ovo. Não é mesmo!
Voltei uma última vez naquele ponto na esquina. Esperei horas e nada da loira. Quando me preparava para sair, minha atenção fora novamente roubada. Não pela loira, mas por uma morena que me deixou sem ar. Todos no bar olhavam pra ela... E assim a história se repete. Foi com a loira, a morena e a ruiva. Não deu certo com nenhuma. Elas sempre desapareciam.
Desde então nunca mais fui ao bar da esquina. Disseram-me que as três voltaram a freqüentar o bar, e continuam roubando olhares. Dessa vez em quadrilha. Eu, apesar de me sentir tentado, já não tenho paciência pra perseguição. Prefiro ficar aqui no meu cantinho, quietinho e sem essa fixação.
Israel Alves

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Não acreditem

Não acreditem no que falam sobre mim. Sendo bom, ou ruim, não acreditem.
Falo isso, porque como estudante de jornalismo, aprendi que nenhum relato foge da parcialidade. Quem gosta de mim, vai falar muito bem, apesar de eu não ser tudo o que a pessoa falou. Já quem não gosta, com o mesmo exagero vai falar mal.
Já fui tachado como orgulhoso, safado e burro. Como também já fui de humilde, quieto e inteligente. Já passei por todos os xingamentos, como também por todos os elogios. Poucos sabem quem eu realmente sou; apenas alguns amigos mais próximos. Os outros têm apenas um relato tendencioso.
Passei anos me perguntando o porquê de às vezes quando alguém conhece você, de primeira a amizade vai bem, mas depois de forma súbita aquela pessoa esfria. Claro que a pessoa pode simplesmente não gostar de você, mas acho que se assim o fosse, o esfriamento não seria de forma súbita, mas gradativa. Penso logo: “alguém falou de mim”.
Ô praga é a língua. A bíblia já falava que de todas as partes do corpo a língua é a mais perigosa e a mais difícil de controlar. Guerras se iniciam por palavras, relacionamentos são rompidos, mentiras são faladas, e uma infinidade de coisas. “Aquele que não tem nada de bom para falar, cale-se”. É a minha dica aos que falam demais.
Então não acreditem no que falam sobre mim. Não vai ser assim que conseguirão me conhecer. Quer saber sobre mim? Pergunte-me! É só o que peço antes que me julgue.
Israel Alves

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Masoquista

Sou masoquista. Não no sentido físico que a palavra representa, mas em relação ao sentimento. Sofro e gosto de sofrer de amor. É estranho, eu sei! Mas todo mundo tem seu lado meio louco. Esse é o meu!
Sabe aquela incerteza que você sente quando está apaixonado? Aquela em que você não sabe se é correspondido ou não, e fica se remoendo por dentro? Pois é, adoro essa sensação. É claro que melhor ainda é a paquera correspondida, mas sinto uma certa adrenalina na incerteza. Até porque tudo que é fácil demais acaba tornando-se chato ou sem valor.
Não sei se isso é um resquício do instinto caçador, ou se sou meio doido mesmo, mas que eu nasci com isso eu sei que nasci.
Dou uma dica para as mulheres: não se atirem em cima dos homens. Valorizem-se. Deixem que venham atrás de vocês, mas deixem um certo mistério, uma esperança. Mostrem que estão afim, mas sem revelar o jogo. Já vi mulheres que eram afim de mim, mas que na tentativa de se mostrar difícil, desprezavam-me. Quando finalmente revelavam o que sentiam por mim, eu já havia partido pra outra! Homem que é homem não gosta de nada fácil, mas nem todos gostam do impossível. Esse é o “segredo”. Claro que não existe segredo para o amor. Não existe técnica, nem tempo e nem dica. Quando acontece, acontece. É algo natural e o conselho que eu tenho pra você é não procurá-lo e sim aguardá-lo!
Israel Alves

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Loucura em alto mar

Nunca tive problemas com as mulheres. Pelo contrário sempre me dei bem. Mas essa era diferente das demais. Ela conseguia roubar-me a atenção cada vez que passava. Fascinava-me não só pela beleza e personalidade, mas tinha uma “coisa” que eu não sei explicar, só sei que nenhuma outra mulher tinha. Pode parecer uma descrição boba ou melosa, acontece que sou assim mesmo meio bobo e não me importo em mudar.
As mulheres são espertas, essa principalmente. Dentro do envoltório de presa indefesa, escondia-se uma predadora astuta. Sabia me olhar de forma que cada vez mais eu ficava confuso. Sabe aquele olhar que diz que te quer, porém tem medo, mas na verdade você sabe que ela não tem medo algum? Pois é, eu não tinha idéia do que se passava em sua cabeça, mas eu precisava agir, tomar uma atitude.
Todos os anos eu e alguns amigos alugamos um veleiro para passar o Ano Novo. Coincidência ou não, ela estava lá. Fomos apresentados. Sabe como é né? Quando você acaba de conhecer alguém, fica aquele silêncio. Com o passar do tempo o assunto começa a surgir e a tensão a baixar. Não sabia o que falar. Comecei com indiretas ridículas:
-Legal a festa né?
-É! - disse ela sem empolgação.
-Quer algo pra beber?
-Não! Não precisa.
Nada que eu falava agradava. Até que lembrei que estávamos no mar, e de mar eu entendo. Contei histórias de tubarões aqui no Ceará, e que por conta do desequilíbrio da cadeia alimentar em outras regiões, muitos tinham migrado pra cá. Agora sim ela havia se interessado, ficando até um pouco assustada.
Estava escuro, as estrelas brilhavam e estávamos em um veleiro, faltando poucas horas para 2010. Tinha tudo para dar certo entre nós, exceto pelo fato de que ela me ignorava. Com exceção dos poucos minutos em que tive seu interesse, ela já havia voltado a ignorar-me.
Tive a brilhante idéia de subir no mastro do veleiro e ameaçar jogar-me ao “mar de tubarões”. Só assim consegui chamar a atenção dela. Talvez não da melhor forma, mas consegui. Ela gritava pedindo pra eu descer. Disse que só sairia se ela aceitasse jantar comigo. Aceitou!
Anos depois do jantar, casamos e tivemos dois filhos! Brincadeira! A verdade é que depois do jantar, vi que ela não era aquilo tudo que eu pensava. Parti pra outra, e outra e mais outra. A cada ano uma nova mulher, uma nova loucura. Quem sabe um dia eu encontre uma pra sempre?! Aí sim eu cometeria a maior loucura de amor: entregar-me a uma só mulher.

Israel Alves

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Anne Frank e os judeus

Recentemente li “O diário de Anne Frank”, e no decorrer do livro voltei a indagar-me em qual teria sido o motivo das atrocidades nazistas aos judeus.
Anne Frank manteve seu diário de 12 de junho de 1942 a 1 de agosto de 1944. É incrível que em meio à 2ª Guerra, uma garota tenha se mantido tão tranqüila como se manteve. A complexidade de suas idéias mostra a quão madura era pra sua idade.
Em seu diário Anne descreve como os alemães marcavam os judeus, e como os isolavam economicamente, permitindo que só pudessem negociar entre eles (fora as lojas que eram fechadas). Não podiam usar carros, nem bondes ou motos. Sua locomoção deveria vir apenas por bicicletas. Anne descreve também como era o cotidiano no abrigo em Amsterdã durante a guerra. O medo de ser descoberta e levada pela Wehrmacht a um campo de concentração, a fome, brigas familiares e até sua sexualidade. Tudo isso foi abordado em seu diário.
Mas o que levou os alemães a odiarem os judeus? Logo após a 1ª Guerra Mundial, a Alemanha entrou numa crise econômica que exterminou a classe média alemã e levou um número cada vez maior de alemães a partidos radicais. Um desses grupos, o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, comumente chamado de Nazista, prometia tornar a Alemanha grande novamente. Culpavam os comunistas e judeus pela crise. Eles não aceitavam que em meio à crise, outra raça continuasse a se dar bem nos negócios.
Parafraseando Geoffrey Blainey: “o holocausto foi um choque para a idéia de progresso humano, pois havia sido projetado e executado por uma nação que era vista por muitos olhos imparciais, no início do século, como a mais civilizada e culta do mundo”. Como resultado da guerra a Alemanha foi derrotada, Hitler cometeu suicídio e mais de cinco milhões de judeus foram mortos.

Israel Alves

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A informação, eu e o jornalismo

O mundo gira em torno da informação, empresas precisam de informação para atuar, professores para lecionar e etc. A informação amplia horizontes, nos faz pensar de forma diferente, crítica. A informação nos tira do “abismo” da ignorância.
Desde criança sempre tive um fascínio pelo conhecimento, sempre quis estar atualizado e por dentro do que acontece no mundo. Amo a informação, e por amar assim, quero compartilhá-la com todos. Mostrar um mundo que poucos enxergam, e se enxergam, não fazem nada para mudar.
Vejo-me daqui a dez anos em países com nome difícil de se pronunciar, narrando conflitos armados, revoluções e injustiças. Não pretendo ter residência fixa, o mundo é minha casa. Há tanta coisa pra se ver nesse mundo, tanto a se mostrar. Como disse uma vez Santo Agostinho: “O mundo é como um livro e os que não viajam, acabam lendo uma só página”.
Minha intenção com a criação deste blog é mostrar o que está acontecendo no mundo, fatos que me indignam e que eu como ser racional não consigo digerir, vomitando em palavras o ódio pela desigualdade.