quarta-feira, 14 de março de 2012

KONY 2012, farsa?


Para melhor entendimento do texto, assista: http://www.youtube.com/watch?v=LE_DgntYbpw

Algo que vem repercutindo na internet nesses últimos dias é a campanha lançada pela ONG Invisible Children, KONY 2012. O objetivo é tornar famoso o líder do grupo LRA (Lord´s Resistence Army), Joseph Kony. O grupo é acusado de raptar mais de 30 mil crianças e transformá-las em soldados ou escravas sexuais da milícia. Kony integra, em primeiro lugar no rank, a lista dos mais procurados pela Corte Penal Internacional.

Apesar de ter deixado Uganda em 2006, a milícia continua atuando no Sudão do Sul, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. De acordo com o LRA Crises Tracker, só nesse ano (2012) já foram mortas mais de 151 pessoas e registrados 589 raptos nessa região.

A ONG lançou um vídeo de 30 minutos no Youtube, que na manhã dessa quarta-feira (14) já tinha mais de 70 milhões* de views. Porém, críticas estão sendo feitas a respeito da campanha. A organização é acusada de ingenuidade, falta de transparência (a entidade recebeu apenas duas de quatro estrelas por transparência financeira, na avaliação da ONGs Charity Navigator), corrupção e até mesmo de ser uma organização de fachada, montada com o objetivo de conseguir apoio popular para uma intervenção militar americana na África em busca do controle de petróleo. A ONG postou, em seu site, uma carta de resposta às críticas (http://www.invisiblechildren.com.s3-website-us-east-1.amazonaws.com/critiques.html).

O que se fala constantemente é que a ideia de compartilhar vídeos no Facebook e mandar tweets podem resolver conflitos internacionais, é ingênua. Mas, a geração das mídias sociais tem o poder de mudar o mundo com um click? Depende do ponto de vista. Vimos nos noticiários que as mídias sociais foram ferramentas vitais na Primavera Árabe, trazendo a união entre pessoas e compartilhamento de ideias. Talvez não possamos intervir diretamente num conflito, mas podemos influenciar quem pode. Sabemos que no mundo político existem interesses por trás de ações, logo é preciso tornar o problema, e a resolução do mesmo, interessantes para quem pode ajudar (políticos, grandes corporações etc.). Precisamos entender o poder da mídia. Agora os jornais estão todos noticiando sobre Joseph Kony e a LRA, isso pressiona políticos a agir, buscando melhor aparência de suas ações.

A estratégia da Invisible Children é tornar conhecido o homem por trás dos crimes, colocando os olhos do mundo em um conflito que antes, para a maioria, era desconhecido. Então, sendo transparente, corrupta ou não, a ONG está conseguindo cumprir com o prometido e merece sim o apoio popular.

OBS: Só um comentário meio sem nexo - Durante minhas pesquisas para fazer o texto eu vi um comentário de alguém que dizia que cada vez que ele via vídeos desse tipo, entendia porque era ateu e cada vez mais via ateus no mundo. Eu penso exatamente o contrário, cada vez que vejo vídeos como este e pessoas se unindo pra ajudar o próximo, vejo Deus. De forma alguma as crises no mundo são culpa de Deus. É muito cômodo querer culpar Deus pelas consequências das nossas atitudes. É infantil.

*Dados para o vídeo oficial, postado pela ONG.

domingo, 19 de setembro de 2010

No amor não tem cesárea


Esse texto é uma pequena homenagem à uma série de casais amigos meus que terminaram seus namoros recentemente.

Uma vez alguém me disse que os homens nunca sentiriam dor pior que o parto, pois eu lhes digo, eu senti. A dor de amar, que pode ser sentida tanto por homens, quanto por mulheres, deve ser a pior que existe. No parto você pelo menos sabe que quando o bebê nascer a dor vai passar, mas no amor essa dor vai e volta, sem hora pra acabar. Pior ainda é que muitas vezes você nem quer esquecer a dor. Coloca logo um CD dos anos 80 e num ritual masoquista fica lembrando dos bons momentos com a(o) amada(o). É uma dor que te faz mal, mas que você não quer largar.

É horrível saber que a outra pessoa não te ama da mesma forma. Você sabe que ela não tem intenção de magoar, e que é apenas o seu jeito. O que é pior, pois sabe que ela nunca irá mudar. Você acaba querendo terminar tudo, mas ama tanto aquela pessoa, que acaba sem coragem! É triste constatar que você “não era tudo aquilo que ela tinha sonhado”.

Mas, a fila sempre anda! E tem tanta mulher aí, que eu garanto a qualquer um dos meus amigos: esse tipo de “coisa” nunca irá nos faltar!Hehe! A dor realmente vem, mas depois que passa não existe sensação mais pura de liberdade! Não existe mais aquela pressão, você não deve mais satisfação a ninguém. Então aproveitem porque esse período de liberdade não dura para sempre, como eu já disse uma vez: nós, homens, temos o terrível hábito de estarmos sempre nos engaiolando!

Israel Alves

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Foi sem querer, querendo...


De acordo com Sartre e a corrente do Existencialismo, “somos condenados à liberdade”. Se você escolher não escolher, já terá escolhido. Somos responsáveis por nossas escolhas, nossas atitudes; e essas têm conseqüências para a sociedade. Então somos livres. Mas acredito também que somos condicionados pela sociedade. Fazemos coisas sem querer, mas por vontade própria. Acha que não? Preste atenção: pagamos impostos, pegamos trânsito, somos fiéis nos relacionamentos (alguns né?), respeitamos leis, trabalhamos e tomamos banho kkkk! Você poderia então me dizer que, se estamos presos a um condicionamento, não existe liberdade. Talvez, mas pense numa sociedade: Eu sou livre, mas a partir do momento em que vivo em sociedade, preciso respeitar suas regras, abrindo mão de certas liberdades, para que exista harmonia. Sou livre para transgredir, mas existirão conseqüências: prisão, desemprego, multa, exclusão social e a temida vingança da namorada.
Voltamos ao ponto inicial, em que somos livres e por isso, responsáveis por nossas atitudes. Sou livre para matar, mas meu condicionamento cultural diz que isso é errado. Sou livre para não tomar banho, mas sei que serei excluído socialmente pelas mulheres! Tenho a liberdade de transgredir, mas sou responsável por meus atos. Existirão conseqüências.
O filósofo Fernando Savater afirmou que “A noção de ‘voluntário’ não é tão clara como parece. Em sua Ética a Nicômano, Aristóteles imagina o caso de um capitão de navio que deve levar certa carga de um porto para outro. No meio da travessia despenca uma enorme tempestade. O capitão chega à conclusão de que só pode salvar o barco e a vida de seus tripulantes, se jogar a carga pela borda para equilibrar a embarcação. De modo que ele a joga na água. Pois bem, ele a jogou porque quis? É evidente que sim, pois poderia não ter se livrado dela e arriscar-se a morrer. Mas é evidente que não, pois o que ele queria era levá-la até seu destino final, caso contrário teria ficado sossegado em casa, sem zarpar! De modo que jogou querendo...mas sem querer”. Vamos pegar o exemplo da faculdade: é final de semestre e está todo mundo cansado. Vou pra faculdade sem querer, mas querendo (por vontade própria)! Sou livre para simplesmente não ir, mas sei que é preciso terminar o semestre. E por fim só mais um exemplo, o de uma guerra: imagine que você está no campo de batalha e aparece um inimigo correndo em sua direção, armado. Você obviamente não quer tirar uma vida, mas ao mesmo tempo quer e precisa, para preservar a sua. Como dizia o grande filósofo Chaves: “foi sem querer, querendo!”
Finalizo com um trecho da Bíblia que me inspirou a escrever tal texto: “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Em outras palavras: haverá conseqüências!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Se ama, demonstra!


Não importa o quanto você diga que ama alguém, ela só irá acreditar quando você demonstrar. Não adianta contestar, já foi comprovado pelo ICAIA (Instituto de Ciências Amorosas Israel Alves). Já estive nas duas situações: na do que diz que ama e não demonstra e na do que é dito amado, mas não é demonstrado.
É muito cômodo dizer “eu te amo” e ficar sentado sem fazer nada. Pior ainda é quando o “eu te amo” é dito de forma fria: eu te amo. “Te amo” deve pelo menos ser dito com três exclamações e seguido de pronome possessivo com adjetivo ou substantivo carinhoso: te amo, minha linda!!! Pra falar a verdade “te amo” deve vir mesmo é acompanhado de um beijo na boca e um carinho no cabelo ou no rosto.
Mas o foco aqui não é falar de palavras, mas de atitudes. Quem é que gosta de alguém que não liga, não elogia, não faz uma surpresa sequer, não abraça (aquele abraço de verdade), não faz carinho e não mostra orgulho pelo parceiro(a), enfim: uma pedra de gelo? Acho que ninguém, porque amor não é frio, é quente (interpretem como quiser)!
O que um homem quer é uma mulher que sorri sempre que o vê, não para se mostrar simpática, mas porque não consegue esconder sua felicidade ao vê-lo. Um homem quer uma mulher que o apóie, lhe faça carinhos (muitos, no meu caso), o elogie, o beije muitooo, que só tenha olhos pra ele e que quando disser que o ama, tenha um brilho em seus olhos.
A mulher quer um cara que ligue todos os dias só pra escutar sua voz e saber como foi seu dia, que lhe mande flores ou qualquer lembrança que mostre que ele está sempre pensando nela. O que uma mulher quer é um cara que a faça rir, que a trate com carinho e que diga, na frente de suas amigas, que ela é a mulher mais linda que conhece.
De acordo com tais análises, pode-se constatar que o que ambos querem é algo comum: ATITUDES. Palavras não são suficientes.
Aí sim, depois de tornar essas atitudes e muitas outras, em hábitos, dizer “eu te amo” passa a ter um significado real. Vira uma frase quente e às vezes até “caliente”! Frio mesmo só o sorvete, porque em relacionamento nós queremos é fogo! E nada melhor que uma atitude pra esquentar as coisas né?

Israel Alves

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O viciado e a "Heroína"


Esses dias eu estava lendo uma matéria da Super interessante que falava da ciência por trás do amor, e tinha um trecho que dizia assim: “Como saber se está apaixonado? Você vai ficar meio aéreo, passar a comer e dormir menos e ficar horas e horas pensando na pessoa amada – um comportamento compulsivo, similar ao dos viciados em drogas. É isso mesmo: o neurotransmissor da paixão, a dopamina, é o mesmo envolvido nos casos de dependência química”. Depois de ler esse texto fiquei aliviado. Pensei que estava doente, mas a verdade é que estou apaixonado!
É engraçado como tudo muda. Você age de formas estranhas, pensa de formas estranhas e sente de formas estranhas. Não se consegue ser racional, apenas emocional. Isso me deixa doido; às vezes me arrependo do que disse ou não disse, fiz ou não fiz. É complicado, mas é muito bom!
Tudo te lembra a pessoa. Um cheiro, uma música, uma palavra, um restaurante, uma parede, celular, tijolo, bola, TV, caneta, papel, o Cruzeiro do Sul ou a Constelação de Escorpião... enfim: tudo! É indescritível! Você fica rindo sozinho aonde quer que vá, como um drogado em momento de êxtase. Muitas vezes tenho que me controlar para não agir como idiota, mas é difícil. Agora mesmo estou agindo como um, escrevendo na madrugada sem saber ser correspondido da mesma forma.
Nunca havia me sentido assim antes. Você pode passar o dia inteiro com a pessoa, mas quando chega em casa já tem vontade de ligar. Meu racional fala: “não liga, desgruda. Se faz de difícil". Mas numa luta de idéias, acabo ligando. Não sei explicar e nem quero. A ciência sempre tenta estragar a beleza da vida! E como já dizia Drummond: “se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge a todas as explicações possíveis".
Quando se ama não importa o quão triste ou em perigo você esteja, só é preciso uma dose (um sorriso, uma palavra, um olhar ou um beijo) da “heroína” e tudo parece ficar a salvo.

Israel Alves

terça-feira, 13 de abril de 2010

Conjugando o sofrer



OBS: Antes de começar esse texto mais uma vez vou explicar aqui, que nem tudo que eu escrevo realmente aconteceu comigo e que muita coisa é fantasia.


Não existe nada pior do que terminar um namoro. Falo isso porque passei por tal situação esses dias e como sempre, não foi uma boa experiência.
A tortura já começa nos dias anteriores ao término. Você fica imaginando o que vai falar, o que ela vai falar e começa a inventar as maiores desculpas para não ter que dizer: “eu não gosto mais de você”. É duro! É constrangedor, mas necessário. A tortura continua nas horas que antecedem ao rompimento. Você não fala com ninguém, sua o corpo e tenta decorar as falas como um ator amador na cena de estréia. Dá um branco e você esquece tudo. Fala qualquer coisa. O clima fica pesado. VOCÊ sofre. ELA sofre. NÓS sofremos. ELAS sofrem???! Não, elas não! Elas comemoram a minha volta!
É triste, mas não existe nada melhor do que terminar um namoro. O alívio, a liberdade e o principal: “a volta à ação”. Não tem como explicar, mas quem é homem sabe! Logo depois, a gente fala que não vai prender-se nunca mais. Porém dura pouco, depois de um mês já estamos nos engaiolando novamente.
É, o homem nasce com o espírito do pássaro livre, mas parece que o destino é a gaiola! A gente nunca aprende né?

Israel Alves

sábado, 27 de março de 2010

O conteúdo é o que importa

Esses dias comprovei que pra mim, o maior afrodisíaco é a inteligência. Não há nada melhor que um bom papo. Aqueles que te acrescentam algo, sabe?
Cansei de ficar com mulheres que não tem nada na cabeça (Deixo Claro aqui que não me refiro às minhas ex-namoradas. Sempre escolhi muito bem, e elas eram extremamente inteligentes. Aqui me refiro as outras mulheres). Você sente que o dia foi inútil e que você só falou, ou ouviu besteiras. Não estou dizendo que não gosto de falar besteiras, nem jogar conversa fora. Eu mesmo sou o maior Adepto do besteirol, adoro falar besteira e acho que isso faz muito bem, relaxa. Mas tudo demais é chato. Tem horas que você quer um papo mais cabeça, Sabe?
Esses dias eu conheci uma mulher que me deixou doido. Apesar de ela Ser linda, o que me prendeu atenção não foi sua beleza (e eu me espantei com Isso, o que me levou A escrever esse texto!), mas foi a forma que falava, como se expressava e o principal: o conteúdo. Eu poderia ter conversado por horas e horas, e não me cansaria. Acabei de conhecê-la, nem sei se ela gostou da conversa, e nem direito eu a conheço, mas que ela mudou meus conceitos e teorias sobre conquista, ela mudou.
Não estou dizendo que estou apaixonado por ela. Pode ser que sim, pode ser que não! Não é tão simples assim! Mas quero dizer que foi umas das melhores conversas que já tive.
Se essa história é real ou não, vocês nunca vão saber, mas uma coisa é certa: pra mim, o conteúdo é o que importa.

PS: Voltando a falar besteira: deixo claro aqui que o conteúdo é com toda certeza o mais importante, mas ele tem que andar junto com a estética. Beleza e conteúdo devem andar juntos, e nem pense em separá-las.
Estraguei o texto né? Kkkkkkkkkkkk

Israel Alves